Iniciativa que publicará livro ilustrado celebra em 25 de maio um passo fundamental para a qualificação de educadores sociais
Edição: Vitor Diel com texto da assessoria
Foto: Reprodução
Está estabelecido que o desenvolvimento das crianças se inicia ainda no período intrauterino. Porém, o intervalo que compreende do nascimento aos três anos de idade colabora de modo extremo para a aquisição de habilidades físicas, psíquicas e emocionais ao futuro adulto. São janelas que se abrem no intervalo de tempo certo e, também, se fecham, das quais devemos obter o máximo de proveito.
No lar, com mamães e papais vigilantes, o processo se dá com naturalidade. No entanto, muitas crianças passam esse período essencial de suas vidas em instituições de acolhimento. Sabemos que esses ambientes coletivos, embora necessários em determinadas circunstâncias, não são os mais adequados para o crescimento e bem-estar infantil. Na ausência de uma rede de cuidados familiares alternativa e acessível para todos, surge uma pergunta urgente: como transformar esses espaços institucionais para que se tornem, se não ideais, ao menos mais humanos, afetivos e promotores de vínculos seguros?
O Guia Afetividade Efetiva surge em resposta a esta questão. Um livro nascido das trocas entre Maria Aparecida de Jesus, Coordenadora do Acolhimento Cisne Branco da Rede Calábria desde 2013, e Rubem Penz, escritor e pai por adoção. Ela com o antigo plano de sistematizar informações de modo claro e acessível; ele disposto a dar corpo ao guia e fazê-lo alcançar o máximo de casas de acolhimento. Ela imbuída em disponibilizar sua bagagem de gestora, seus estudos e observações; ele movido pelo sentimento de gratidão pelo imenso zelo ofertado a sua filha antes que o famoso “telefonema” transformasse a família.
O guia, que terá distribuição gratuita em casas de acolhimento, tem como objetivo oferecer orientações práticas para os educadores sociais, a fim de garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças em acolhimento institucional. A proposta parte da compreensão de que dois pilares estruturam a abordagem sensível à primeira infância: a segurança afetiva e o movimento livre. A partir deles, uma série de dicas fundamentais que atendem às expectativas que a sociedade deposita no processo de proteção à infância.
Neste 25 de maio, Dia Nacional da Adoção, o projeto alcança a derradeira etapa: no prelo, a Santa Sede lança mão dos esforços do Voluntariado da Oficina Literária para viabilizar a edição. O que um dia foi sonho distante alcançará, pelas mãos de Cida, o máximo possível de instituições de acolhimento. A quem valoriza a iniciativa surge a oportunidade de conhecer o trabalho — basta fazer contato através do site www.santasedeeditorial.com.br.
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