Ninguém ouve o sangue

Em romance publicado pela Litteralux, Elizandro Todeschini fala do Rio Grande do Sul e do Brasil profundo — de suas feridas, contrastes e resistências

Edição: Vitor Diel sobre texto da assessoria
Foto: Divulgação

Em um rincão esquecido do sul do Brasil, um menino foge da carneação como quem foge de um destino. Enquanto o país celebra vitórias em campo, a violência se infiltra nas casas, escolas e corações. Vitório sente a dor dos bichos — e, sem saber, também a do país. Melchor, um professor foragido, carrega as marcas da repressão e ensina o que ninguém quer ouvir. Mas onde há silêncio demais, até a bondade pode matar.

Esta é a sinopse de Ninguém ouve o sangue, romance de Elizandro Todeschini que entrelaça lirismo e denúncia, ternura e brutalidade, ao abordar o que sustentou a ditadura militar brasileira: o medo, o conformismo e a indiferença. Menalton Braff, vencedor do Prêmio Jabuti e do Machado de Assis, define o livro como um romance que deve ser lido “não apenas pelo aspecto informativo, mas pelas suas virtudes estilísticas, pela coragem de contar o que tantos preferem esquecer”.

Com ecos da cultura gaúcha, o romance mistura a dureza do campo, a memória dos porões da repressão e a delicadeza da infância, compondo uma narrativa que pulsa entre o íntimo e o coletivo, entre a história oficial e as dores escondidas.

Com 126 páginas, Ninguém ouve o sangue está à venda no site Editora Litteralux por R$ 47.

Sobre o autor
Elizandro Todeschini nasceu no interior do Rio Grande do Sul e construiu sua trajetória entre o direito e a literatura. Defensor Público de carreira, encontrou na ficção um espaço para confrontar os silêncios e contradições da história brasileira. Autor de romances que transitam entre o íntimo e o político, já publicou obras em que a memória, a infância e os dilemas éticos se entrelaçam às marcas da ditadura militar e da vida rural. Sua escrita, de forte densidade estética, busca dar voz ao que muitas vezes permanece oculto — dores abafadas, histórias interrompidas, vidas invisíveis.

Ninguém ouve o sangue
Elizandro Todeschini
126 p.
R$47 (R$ 9,99 em e-book)
Editora Litteralux
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