A ficção inventiva e mágica de Carlos Nejar

Eduardo Jablonski analisa em livro obra ficcional do imortal gaúcho

Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio sobre foto de Diego Lopes/CRL

“Todas as frases dos livros de Carlos Nejar são profundas, como se tivessem uma filosofia por trás, como se o autor tivesse lido todos os filósofos e, pela sua experiência de vida, acrescentasse o que via, no empirismo”. É assim que Eduardo Jablonski define a escrita ficcional de Carlos Nejar, um dos poetas gaúchos ainda hoje mais admirados. As narrativas criadas pelo patrono da 68ª Feira do Livro de Porto Alegre são dissecadas no livro A ficção inventiva e mágica de Carlos Nejar, obra publicada pela Bestiário e já disponível no site da editora.

O mundo metafórico de Nejar, nas suas novelas, pode ser entendido, na análise de Jablonski, como um mundo alternativo à realidade por onde trafegam personagens submetidos a situações limites que suscitam reflexões sobre a alma e a natureza humanas. Porto-alegrense nascido em 1939, Carlos Nejar tem mais de cem livros publicados, embora tenha se tornado ficcionista apenas aos 40 anos. Ocupante da cadeira número 4 da Academia Brasileira de Letras, tem, entre suas novelas e romances de destaque, as obras Riopampa – O Moinho das Tribulações, de 2004, O Evangelho segundo o Vento, de 2002, e, mais recentemente, A Tribo dos Sete Relâmpagos, de 2021.

Sobre o autor
Eduardo Jablonski, 52 anos, é licenciado em Letras Inglês e Filosofia, e também está cursando Letras Espanhol, tem sete especializações e mestrado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é fluente em seis idiomas, publicou 25 livros, 1.800 artigos em jornais, 18 artigos acadêmicos, trabalhou como professor universitário por 18 anos e já faz oito anos é professor concursado pelo município de Santo Antônio da Patrulha e pelo Estado do Rio Grande do Sul.