Poemas de Pedro Strack resgatam anseios de um primitivismo revolucionário
Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio sobre reprodução
Já está disponível pelo site da Dialogar Editora o livro Primitivos, coleção de poemas de Pedro Strack que marca a estreia do autor na literatura. Inspirados no culto ao mito do bom selvagem de Rousseau e nos ideais de um comunismo primitivo, estes poemas evocam simultaneamente anseios de revolução e pacifismo, militância e anarquia, vida urbana e busca da natureza, amor, desejo e liberdade, a recusa a uma moral que tolhe e aprisiona. Uma poesia forte e essencialmente honesta, contra toda violência, brutalidade e cinismo.
Primitivos de preço de R$ 40. Confira um poema abaixo.
Percorrendo entre livros
Em busca das primaveras
O povo, em seu pleno florescer,
Exprimiu-se nas mais rubras das ideias
Quantos mais discípulos de Tolstoi
Devemos cultivar em nossos lares
Até que as paredes já não ouçam tiros?
Insistentes na potência das armas
Imprimimos a sangue tão frágil carma
Embriagados pela brutalidade
Que arde em nossas veias
Sobre o autor
Pedro Strack (Porto Alegre, 1986) é poeta e produtor de eventos. Em 2009 criou o blog literário Primitivos, que durante seus dois anos de duração contou com mais de dez colaboradores. Como continuidade do projeto, lançou em 2013 o Sarau Selvagem, evento de poesias com participação livre que ocorre em Porto Alegre. Pedro foi vítima de pedofilia aos sete anos e é esquizofrênico.

Primitivos
Pedro Strack
84 p.
R$ 40
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