Carlos Gerbase apresenta romance de fôlego que passeia por diferentes camadas de leitura
Edição: Vitor Diel com texto da assessoria
Arte: Giovani Urio sobre reprodução
O escritor, músico, diretor e professor Carlos Gerbase lança-se agora num empreendimento literário ambicioso que explora as possibilidades narrativas de gêneros textuais que, aparentemente, não poderiam dialogar para construir uma história coesa. Ao misturar o texto acadêmico de uma tese de doutorado ficcional com o gênero do romance, Gerbase amplia o potencial de uma escrita que originalmente nasceu como um roteiro de um longa-metragem que jamais fora posto em cena. Confuso? Pois o estranhamento é natural quando colocamos as mãos em As Willis: sexo, morte e escaravelhos. A obra é um lançamento da BesouroBox e será apresentada oficialmente ao público em sessão de autógrafos no domingo, 1º de setembro, às 19h, na Bárbaros Cervejas Especiais (Rua Ramiro Barcelos, 1792 – Porto Alegre/RS). A partir das 20h, o show Replicante Apaixonado tem início, com clássicos dos Replicantes e versões de Lou Reed e Rolling Stones, entre outros.
As Willis, personagens deste romance, são um grupo de mulheres que morreram virgens, antes de qualquer contato sexual, em momentos diferentes do século XX, e vivem no mundo de hoje graças aos poderes sobrenaturals dos escaravelhos sagrados. Atualizando uma lenda romântica do norte da Europa registrada por Heinrich Heine, Gerbase criou um universo que só pode ser aceito a partir de uma compreensão mística e imaterial da existência. Antes disso, é possível dizer que o romance é organizado a partir de uma estrutura de tese acadêmica escrita pela narradora-personagem Dra. Irina Chaves, o que garante outras camadas de leitura à ambiciosa obra de Gerbase.
As Willis: sexo, morte e escaravelhos tem 336 páginas e preço de R$ 84,90.
Sobre o autor
Carlos Gerbage iniciou sua trajetória como ficcionista em 1979, aos 20 anos, ainda estudante de jornalismo, participando do Prêmio Apesul Revelação Literária e sendo selecionado para publicação na antologia de contos do concurso. No mesmo ano, codirigiu seu primeiro filme, o média-metragem Meu Primo, premiado em festivais e exibido no Teatro de Arena, em Porto Alegre. Em 1982, esteve presente com duas histórias curtas na coletânea Geração 80, editada por Maria da Glória Bordini e Regina Zilberman. Sua carreira no cinema intensificou-se com a direção dos longas-metragens Inverno (1983) e Verdes Anos (1984), ambos premiados no Festival de Gramado. Seu livro individual de estreia foi a coletânea de contos Comigo, não, de 1987. Seguiram-se mais um livro de contos, um de crónicas e três romances. Ao mesmo tempo, escrevia e dirigia filmes, premiados no Brasil e no exterior. Seu mais recente longa, Bio: construindo uma vida (2017), recebeu três Kikitos em Gramado, incluindo o de melhor filme pelo Júri Popular. Entre 1984 e 2002 foi baterista, principal letrista e vocalista da banda Os Replicantes, da canção Surfista Calhorda, um dos maiores sucessos da história do punk rock brasileiro. Por 40 anos, foi professor universitário de fotografia e cinema, com doutorado na Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3, França.

As Willis: sexo, morte e escaravelhos
Carlos Gerbase
336 p.
R$ 84,90
Edições BesouroBox
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