AVEC Editora aposta em fantasia brasileira para valorizar a cultura e a identidade nacional
Edição: Vitor Diel sobre texto da assessoria
Foto: Reprodução
Com a proximidade do 7 de Setembro, data em que se celebra a Independência do Brasil, a literatura ganha espaço como ferramenta de valorização da identidade cultural do país. Entre os destaques desse movimento está a AVEC Editora, que tem investido em obras de fantasia capazes de unir história, folclore e mitos brasileiros em narrativas que conquistam leitores de todas as idades.
De acordo com o proprietário da editora, Artur Vechi, a proposta é oferecer experiências literárias que, além de entreter, despertem nos leitores o orgulho da diversidade cultural brasileira.
“Acreditamos que a literatura fantástica pode ser uma porta de entrada para o conhecimento das nossas tradições. Ao transformar mitos e lendas em aventuras, aproximamos o público, principalmente os jovens, do folclore nacional”, afirma Vechi.
Entre os títulos que exemplificam essa proposta está A Bandeira do Elefante e da Arara, de Christopher Kastensmidt, obra premiada internacionalmente que transporta os leitores ao Brasil do século XVI. Nela, o aventureiro holandês Gerard van Oost e o iorubá Oludara enfrentam juntos os mistérios das florestas tropicais, encontrando personagens icônicos do imaginário brasileiro, como o esperto Saci-Pererê e o temido Pai-do-Mato. Além de um épico de fantasia, o livro também serve como uma janela para o encontro de culturas no período colonial, celebrando a diversidade que marca a formação do país.
Outro destaque é Araruama: o livro das sementes, uma verdadeira imersão no universo mítico dos povos originários. Escrita por Ian Fraser, a narrativa acompanha o ritual de passagem de cinco crianças que precisam provar sua força e coragem em meio à natureza ainda selvagem, em um tempo em que “o fantástico ainda corria pela mata verde”. Com forte inspiração na cosmovisão indígena, a obra resgata símbolos, valores e tradições ancestrais, apresentando-os em uma trama que dialoga com leitores contemporâneos.
Já em Baluartes: Terra Sombria, de Clinton Davisson, a fantasia se cruza com a história do Brasil Colônia de 1780. A trama acompanha jovens escolhidos para proteger o mundo real contra criaturas lendárias como o Curupira, a Mula sem Cabeça e a Cuca, quando ainda eram relatos temidos e não apenas histórias de tradição oral. O português Luís Monteiro, o príncipe africano Akim Shinedu e a indígena brasileira Jaciara formam o trio protagonista, cuja missão os leva a enfrentar forças sobrenaturais e figuras históricas, como Tiradentes em solo brasileiro, ou mesmo Mozart e Napoleão em aventuras europeias. O resultado é uma narrativa eletrizante que une pesquisa histórica, mitologia e ação.
A editora também aposta no steampunk brasileiro com Guanabara Real: o covil do demônio, ambientado em um Rio de Janeiro alternativo de 1893. Na trama, escrita por A. Z. Cordenonsi, Enéias Tavares e Nikelen Witter, uma investigadora particular, um engenheiro positivista e um místico enfrentam conspirações políticas e ameaças sobrenaturais em meio a servos mecânicos e horrores sombrios, numa mistura entre investigação policial, crítica social e fantasia histórica. A obra revisita a transição republicana do país com uma roupagem fantástica e criativa.
Por fim, 6 Estrelas: Os Subterrâneos dos Jesuítas, de Maristela Scheuer Deves, traz uma aventura juvenil enraizada na história do Sul do Brasil. O Clube das 6 Estrelas, formado por um grupo de amigas, parte em busca dos lendários túneis que ligariam as antigas reduções jesuíticas conhecidas como os Sete Povos das Missões. Em bicicletas e caronas de Kombi, elas vivem experiências que misturam amizade, coragem e curiosidade histórica, aproximando os leitores mais jovens de um importante capítulo do patrimônio cultural gaúcho.
Essas obras mostram como a fantasia brasileira pode ir além do escapismo, tornando-se também um elo entre passado e presente, tradição e inovação. Para Artur Vechi, a literatura tem um papel essencial no fortalecimento da identidade nacional:
“Cada vez que um leitor encontra nos livros elementos da sua própria cultura, reforça-se o sentimento de pertencimento. É uma forma de celebrar o Brasil através da imaginação”, comenta o editor.
Saiba mais sobre os livros abaixo.

A Bandeira do Elefante e da Arara
Christopher Kastensmidt
432 p.
R$ 89,90
Avec
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Araruama: o livro das sementes
Ian Fraser
216 p.
R$ 49,90
Avec
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Baluartes: terra sombria
Clinton Davisson
172 p.
R$ 54,90
Avec
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Guanabara Real: o covil do demônio
A. Z. Cordenonsi, Enéias Tavares, Nikelen Witter
200 p.
R$ 54,90
Avec
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Os Subterrâneos dos Jesuítas
Maristela Scheuer Deves
120 p.
R$ 39,90
Avec
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