Cão da raça Braco Alemão é um dos protagonistas do livro de crônicas de Heitor Bergamini
Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio sobre foto de acervo pessoal
Conhecido como executivo de grandes empresas, Bergamini virou a chave da vida recentemente. Seguiu como consultor e conselheiro empresarial, mas avançou em sua trajetória como escritor e artista, que divide seu tempo com a GalArt – Galeria de Arte, de Porto Alegre. Quarentenas é seu terceiro livro, seguido de Histórias de Marketing e Vendas, lançado no ano passado, e Gestão de Carreiras – as 5 Ferramentas Essenciais.
Em sua obra mais autobiográfica, com textos produzidos durante a pandemia, Bergamini se debruça sobre a infância “dá pá virada” em Guaporé, do menino que não entendia por que teve de mudar de escola três vezes na pequena cidade da Serra Gaúcha. O escritor conta um dos casos, quando pequeno, em um colégio de freiras da cidade: “Lembro que, em uma quermesse, eu entrei por baixo do hábito da Irmã para ver o que tinha lá e foi uma gritaria só”. As histórias pitorescas se mesclam aos relatos nostálgicos com o inventivo pai Ettore e com a inspiradora mãe “Nitinha” e com esposa Eunice e os filhos Bruno e Felipe.
Mas quem rouba a cena com seu jeito estabanado e suas manchas e pintas pretas é o cão da raça Braco Alemão, Bruce. Suas histórias hilárias são impagáveis, dignas de um roteiro de filme como o memorável “Bethoven”. O primeiro encontro no elevador com a bela Golden Retriever “Tiffany”, as aventuras em um mar de lama no “cocódromo” em um condomínio de São Paulo e a avalanche “Bruce” na festa de aniversário com as “lulus” são dignas das melhores gargalhadas e revelam uma das múltiplas faces de Bergamini.
“Escritor temporão, Heitor Bergamini compõe com esplêndida maestria as suas crônicas”, pontua o escritor e professor da UFRGS Sergius Gonzaga, que assina a orelha do livro. “Divertimo-nos com as trapalhadas surrealistas do cão Bruce; emocionamo-nos com as evocações líricas do passado familiar e somos hipnotizados pela variedade de temas e de perspectivas que encontra na linguagem coloquial a sua perfeita forma de expressão. Um livro imperdível”, recomenda Gonzaga.
Sobre o autor
Heitor Bergamini trabalhou como alto executivo por mais de 30 anos em importantes empresas siderúrgicas e de fertilizantes no Brasil. Atualmente, dedica-se à carreira de conselheiro, consultor, palestrante e empresário. Também deu vazão à sua paixão pela arte, com a inauguração da GalArt, uma galeria de arte especializada em artistas gaúchos, mas que também tem obras de grandes nomes do Brasil e do exterior em seu acervo. Como artista visual, já participou de exposições individuais e coletivas.

Quarentenas
Heitor Bergamini
128 p.
R$ 35
Leitura XXI
Compre aqui
Apoie Literatura RS
Ao apoiar mensalmente Literatura RS, você tem acesso a recompensas exclusivas e contribui com a cadeia produtiva do livro no Rio Grande do Sul.
