Alisson Affonso será o patrono da 49ª Feira do Livro da FURG

Bacharel em Artes Visuais pela FURG, ilustrador, cartunista e professor; conheça a trajetória do homenageado desta edição

Edição: Vitor Diel sobre texto de Hiago Reisdoerfer/Secom
Arte: Giovani Urio sobre foto de Hiago Reisdoerfer/Secom

Autoridades, convidados e representantes de movimentos negros e de religiões de matriz africana estiveram reunidos na sala de reuniões do Gabinete do Reitor no dia 1º de fevereiro, para oficializar o convite ao indicado a patrono da 49ª Feira do Livro da FURG. Alisson Affonso é egresso da instituição, onde cursou Bacharelado em Artes Visuais; em sua carreira, editou e ilustrou diversas iniciativas que retratavam o cotidiano na cidade do Rio Grande e, posteriormente, o cotidiano do cidadão brasileiro.

De acordo com o reitor Danilo Giroldo, Alisson representa toda a potência cultural do povo negro da cidade do Rio Grande, além de ser um artista brilhante e uma pessoa querida por todos. “A sua representatividade emergiu durante a construção do conceito da 49ª Feira do Livro, realizada colaborativamente entre a FURG e os movimentos sociais, especialmente o movimento negro. Foi um dos momentos mais especiais que já vivi na instituição. Promover esse convite junto a tantas lideranças que inspiram uma lição de luta e resistência por uma sociedade justa e pelas suas próprias existências”, declarou o gestor.

Bacharel em Artes Visuais, Ilustrador, cartunista e professor; o artista rio-grandino, Alisson Affonso, já foi premiado diversas vezes por seu trabalho, além de ter trabalhado ao lado de expoentes como Maurício de Sousa. Nascido em 23 de abril de 1979, Alisson é natural de Rio Grande, cidade onde reside e desempenhou a grande maioria de seus trabalhos. É egresso da FURG, onde cursou bacharel em Artes Visuais. O artista desenvolve pesquisas junto ao Coletivo Mancha Negra, além de Oficinas de Desenho da Figura Humana. Foi editor de uma série de iniciativas como o Jornal Peixe Frito, Revista IDEIA, Revista em Quadrinhos PLATAFORMA HQ e, atualmente, produz quadrinhos e ilustrações para jornais sindicais.

Enquanto reconhecimento, Alisson foi premiado no Salão de Humor de Paraguaçu Paulista, Salão de humor do ABCD, Salão de humor de Rio Grande, Salão Internacional de Desenho para Imprensa, Animarte RJ, Animamundi, Concurso de Tiras Humorísticas GAG, Prêmio Ângelo Agostini, Concurso cartum ZH, Prêmio histórias de Trabalho SMC, Salão Medplan de humor, Salão de Humor de Cerquilho, Salão de humor de Mogi Guaçu, Concurso Internacional de desenhos animados Veneração da Noiva, República da Macedônia e Concurso Internacional de Caricaturas, Salão Internacional de humor de Limeira, Nosorog, Bósnia e Prêmio Coalizão Negra por Direitos e Artigo 19, além de realizar uma exposição em Saint-Jus-le-Martel, na França. Segundo Daniel Prado, este momento é o que culmina do reconhecimento deste que é um artista de renome nacional, respeitado em todo país por seu trabalho e sua arte.

“Alisson representa uma força literária muito grande, uma vez que participa de diversos livros como ilustrador, e que também, é um intelectual orgânico, que já realizou uma série de exposições em diversos países. O convite é o símbolo do nosso reconhecimento, para este artista que carrega o nome da nossa cidade e da nossa região em seu trabalho”, destacou o pró-reitor Daniel Prado.

Sobre a Feira

Com o tema Escritas, Presenças e Existências Negras, a 49ª Feira do Livro da FURG seguirá o modelo adotado na edição passada, que desloca o período de realização para o mês de abril ao invés do tradicional momento junto à alta temporada do Balneário do Cassino. O evento, em 2023, ocorrerá de 4 a 16 de abril, com programação ainda em desenvolvimento. De acordo com Giroldo, este será um espaço fundamental de protagonismo e visibilidade para a cultura do povo negro do nosso território e do Brasil.

“A feira será, também, uma ação que reforça a importância da construção de políticas públicas que promovam a cultura antirracista em todos os espaços da sociedade, públicos ou privados, incluídas as universidades e instituições de ensino e pesquisa. A reparação histórica ao povo negro é urgente, não somente para garantir os direitos fundamentais dessa população, mas principalmente para construir espaços diversos e plurais que representem efetivamente o povo brasileiro, sem injustiças ou quaisquer formas de discriminação”, completou o reitor.

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