‘Tragédia da Rua da Praia’ ganha terceira edição revisitada

Na semana do aniversário de Porto Alegre, Rafael Guimaraens participa de bate-papo com Matheus Machado na Livraria Paralelo 30

Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio sobre reprodução

Na semana comemorativa aos 251 anos de Porto Alegre, o escritor e jornalista Rafael Guimaraens lança a terceira edição do romance Tragédia da Rua da Praia. O evento literário, marcado para esta quinta-feira, 23 de março, às 19 horas, integra a programação do Festival Histórias do Paralelo 30. Antes da sessão de autógrafos, o autor participa do painel Literatura de realidade: Porto Alegre como tema, com mediação do jornalista Matheus Machado na Livraria Paralelo 30 (Rua Vieira de Castro, 48 – Porto Alegre/RS).

O livro, em sua terceira edição, conta um episódio marcante ocorrido em setembro de 1911, nas palavras do autor: “Um audacioso assalto assombra Porto Alegre. Quatro estrangeiros misteriosos deixam um rastro de joias, dinheiro e sangue. Uma fuga alucinada pelas ruas do Centro da cidade. A pé, de carruagem, de bonde, na carroça do leiteiro. Gritos e correrias. A polícia no encalço dos quatro foragidos. Os jornalistas perseguem notícias. O pânico tumultua o cotidiano. Um problema para o governo. Um fôlego para a oposição. O crime vai para o centro da disputa política, para as discussões nos cafés. Competição de manchetes. Tropas em prontidão. Prisões em massa. Os anarquistas em alerta. Os judeus relembram pesadelos. História secretas vêm à tona. Cenas cinematográficas. Um filme sobre o crime é produzido em poucos dias. Metade natural, metade ficção. Tiros e takes. Tragédia da Rua da Praia é um caso de polícia. E de cinema”.

A nova edição chega com nova capa e vinhetas do ilustrador Edgar Vasques.

Sobre o autor
Rafael Guimaraens é jornalista profissional desde 1976. Atuou como repórter, editor e secretário de redação da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (Coojornal). Foi editor de Política do jornal Diário do Sul. Tem uma produção autoral de livros sobre fatos marcantes de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, solidificando sua presença nos setores histórico e cultural. Com Tragédia da Rua da Praia, de 2005, recebeu o prêmio O Sul Nacional e os Livros, na categoria melhor narrativa longa — este livro teve uma versão em quadrinhos com Edgar Vasques. Seguiram-se Abaixo a Repressão – Movimento Estudantil e as Liberdades Democráticas (com Ivanir Bortot, 2008), e Teatro de Arena – Palco de Resistência (2009), vencedor do prêmio Açorianos nas categorias Especial e Livro do Ano. Com A Enchente de 41 recebeu em 2010 o Prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES), como melhor livro de não-ficção. Com O Sargento, o Marechal e o Faquir (2016), foi novamente agraciado com o Prêmio da AGES, desta vez na categoria Especial, e com 20 Relatos Insólitos de Porto Alegre (2017) ganhou o Prêmio Minuano de Literatura. Publicou Fim da Linha – Crime do Bonde em 2018 e no ano seguinte O Espião que Aprendeu a Ler, vencendo seu terceiro Prêmio AGES, desta vez em melhor narrativa longa. Em 2021, recebeu menção honrosa do Prêmio Açorianos com 1935, também na categoria narrativa longa. E, em 2022, lançou O Incendiário. Todos esses títulos e os demais foram publicados pela editora Libretos. Em 2022 recebeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre por sua contribuição ao jornalismo e à literatura, refletida em sua obra dedicada à memória da cidade.

Sobre o mediador
Matheus Machado é jornalista com passagem pelo rádio e veículos onde atuou como crítico de cinema e redator. Atualmente, trabalha com podcasts, tema com o qual pretende desenvolver pesquisas científicas a partir da sua monografia, intitulada A estética narrativa do Praia dos Ossos: uma contribuição para a análise de podcasts.

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