Tabajara Ruas, Alcy Cheuiche e o uruguaio Mario Delgado Aparaín debatem História e Literatura, sob mediação de Andrea Barrios, na 69ª Feira do Livro de Porto Alegre
Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio
O patrono da edição atual da Feira do Livro de Porto Alegre, Tabajara Ruas, encontra-se com o patrono da 52ª edição, Alcy Cheuíche, e um dos mais importantes representantes da literatura uruguaia, Mario Delgado Aparín, para uma conversa sobre suas trajetórias literárias e a relação entre História e Literatura. A atividade ocorre no dia 2 de novembro, às 16h, no Auditório Barbosa Lessa do Espaço Força e Luz (R. dos Andradas, 1223). A mediação será feita pela escritora Andrea Barrios. O evento tem entrada gratuita, não necessita de inscrição prévia e é promovido pela Editora Besourobox. A atividade integra a programação oficial da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Saiba mais sobre os autores abaixo:
Tabajara Ruas nasceu em Uruguaiana/RS mas mora entre Porto Alegre/RS e Florianópolis/SC.
Arquiteto por formação, Tabajara, que viveu exilado no tempo da ditadura militar no Brasil por uma
década, graduou-se na Dinamarca, país em que ficou por quatro anos. Também passou pelo Chile,
Argentina, São Tomé e Príncipe, e Portugal, onde se aproximou mais fortemente da sétima arte.
É escritor e cineasta, tem 11 romances publicados no Brasil e traduzidos em 10 países, entre eles:
Netto perde sua alma, que recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura, na categoria Romance, em
1996, e Minuano, Prêmio Açorianos de Literatura Juvenil em 2014. Escreveu também folhetins,
peças, crônicas, o ensaio A cabeça de Gumercindo Saraiva além de dois volumes da série
infanto-juvenil: Diogo e Diana – Meu vizinho tem um rottweiller e jura que ele é manso e A trilha da
lua cheia. Tabajara dirigiu cinco longas-metragens – o sexto tem previsão de lançamento para 2024:
Perseguição e Cerco a Juvêncio Gutierrez. Tem 12 roteiros de longas e adaptou O Tempo e o Vento
para minissérie na TV Globo e filme de Jayme Monjardim.
Entre diversos títulos e homenagens à sua obra, Tabajara foi condecorado com a ordem do Mérito
Judiciário do Trabalho, no grau de Comendador; recebeu a Medalha da Vitória do Ministério da
Defesa; o Prêmio Erico Verissimo; a Medalha do Mérito Farroupilha; o Troféu Guri, e o título de
cidadão de Porto Alegre. Em 2020, foi agraciado com o Troféu Escritor do Ano pela Academia
Rio-Grandense de Letras. Foi escolhido como patrono da 69º Feira do Livro de Porto Alegre.
Alcy Cheuiche é escritor, tradutor, pesquisador, conferencista e médico veterinário.
Membro da Academia Rio-grandense de Letras, da Academia Brasileira de Medicina Veterinária e
da Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências. Autor de romances históricos, contos,
poesias, crônicas, infanto-juvenil e teatro, com obras traduzidas para o espanhol, o alemão, o
francês e o inglês. É orientador de Oficinas de Criação Literária, desde 2002, tendo publicado 104
livros resultado das oficinas. Foi homenageado por sua atividade literária, como as medalhas
Simões Lopes Neto, Mérito Santos Dumont, Oswaldo Aranha, Mérito Tamandaré, Comenda
Charrua, Troféu Guri, e os prêmios literários Açorianos, Ilha de Laytano, RBS Rádio, entre outros.
Em 2006, foi patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, uma das maiores em espaço aberto do
mundo. Em 2011 foi patrono dos Festejos Farroupilhas, atividade histórico-cultural que mobiliza
milhões de pessoas em todo o Rio Grande do Sul. Autografou seus livros e proferiu conferências
em muitas cidades brasileiras e também em outros países como Uruguai, Argentina, Paraguai,
Chile, Cuba, Estados Unidos, França, Alemanha. Tem recebido referências a seus livros em
diferentes latitudes, como a da imprensa de Berlim: “Ler Alcy Cheuiche é o melhor caminho para os
que desejam penetrar nos mistérios da literatura brasileira e latino-americana”.
Mario Delgado Aparaín nasceu em Florida, Uruguai, em 1949. Escritor, jornalista e docente, é um
dos mais importantes representantes da literatura uruguaia contemporânea. Entre diversas
atividades, durante quase três anos conduziu o programa de entrevistas culturais Café Negro, pelo
canal TVCiudad, em Montevidéu. Recebeu o Prêmio Municipal de Literatura de Montevidéu por La
balada de Johnny Sosa (1987), Premio Foglia de Novela por Por mandato de madre (1996), finalista
do Prêmio Internacional Alfaguara e do Prêmio Rómulo Gallegos pela obra Alivio de Luto (1998),
Premio Bartolomé Hidalgo da Cámara Uruguaya del Libro por No robarás las botas de los muertos
(2002). Em 2002, recebeu o Prêmio Instituto Cervantes do Concurso Juan Rulfo da Radio France
Internationale, pelo conto Terribles ojos verdes. Autor de inúmeras obras entre conto e romance e foi traduzido para inglês, francês, português, italiano, holandês, alemão, polonês, grego, turco e
coreano.
Andrea Barrios nasceu em 1976, na capital gaúcha. É formada em Letras e Mestre em Aquisição da Linguagem pela UFRGS. Além de escritora e tradutora, é professora de espanhol e de francês. Foi vice-presidente da AJEB-RS (Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-RS, 2020-2022); e ocupa a cadeira número 5 da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul. Seu romance, Albertina Belmonte (Húmus), foi lançado no FLiD (Festival Literário Douro, Portugal, 2022). Participa de atividades literárias como “Tertulia”, do grupo BBC (Colômbia), desde 2020. Em 2023 foi escritora convidada do FLiD, em Portugal, e do bate-papo e debate A escrita do tempo e o tempo da escrita (PPG em Letras-PUCRS).
Apoie Literatura RS
Ao apoiar mensalmente Literatura RS, você tem acesso a recompensas exclusivas e contribui com a cadeia produtiva do livro no Rio Grande do Sul.
