‘¿Cuándo te volveré a ver?’ foi escrito pela venezuelana Flor María López Rodríguez durante o aprendizado da Língua Portuguesa em Bagé

Edição: Vitor Diel sobre texto da assessoria
Arte: Giovani Urio sobre foto de divulgação

Já está no ar na plataforma Catarse uma campanha que busca viabilizar a publicação do manuscrito da venezuelana Flor María López Rodríguez, imigrante radicada em Bagé desde 2018. No processo de aprendizado de português no Núcleo de Apoio à Aprendizagem Intercultural de Português como Língua Adicional e de Acolhimento (NAAIPLAA), da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Flor registrou em texto o deslocamento de sua terra natal até a chegada na cidade gaúcha como forma de manter viva sua história. A previsão é que o livro seja lançado em julho de 2024 e, para que isso aconteça, há a venda antecipada do livro com diversas recompensas. Todo o lucro do projeto é revertido para Flor e sua família.

Desde maio de 2022, uma equipe trabalha para transformar o manuscrito ¿Cuándo te volveré a ver? – A viagem de uma imigrante venezuelana em livro impresso. No final de 2020, a aluna Flor María López Rodríguez começou a escrever e compartilhar sua história, em português e espanhol, que era lida e (re)contada pelo Google Meet para uma das professoras de português do projeto. “Espero que nossa história como imigrantes faça muitas pessoas refletirem sobre suas vidas e sobre seu país, porque nunca saberemos o que vai acontecer em nossas vidas. Sou e serei eternamente grata a este país, o Brasil, por ter aberto as portas, não só para minha família, mas também para muitas famílias imigrantes de todo o mundo”, destaca Flor sobre o acolhimento que tem recebido nestes anos em solo brasileiro.

Participam do projeto a preparadora de texto Daniela Moro, o designer Lucas Freitas da Rosa, a produtora cultural Giana Guterres e a ilustradora Rha Oak. O projeto também conta com a colaboração de Mariane Rocha, com produção fotográfica, e Valesca Irala, consultora da revisão do texto em espanhol. “Queremos ampliar o alcance da história de Flor, inspirando mais pessoas a compartilhar suas próprias histórias e a ouvir as experiências dos imigrantes”, explica a professora Clara Dorneles.

Todas as atualizações do projeto serão divulgadas no Instagram, pelo perfil @livrodaflor.