Publicação está em pré-venda e será lançada no aniversário do clube de futebol

Edição: Vitor Diel com texto da assessoria
Arte: Giovani Urio sobre reprodução

O Tamoyo, um dos mais antigos e tradicionais clubes do futebol amador no Rio Grande do Sul, fundado em Viamão no dia 7 de setembro de 1944, tem sua história fartamente retratada e ilustrada em um livro de 200 páginas, que será lançado na dia 8 de setembro, ao meio-dia, no Estádio Edgar Leitão Teixeira, no campo do rubro-negro viamonense. O evento, além da sessão de autógrafos, promoverá uma feijoada na sede do clube.

O livro é resultado de cinco anos de pesquisa empreendida por dois professores de Viamão apaixonados pelo Tamoyo: Bira Mros e Juarez Godoy, tendo como editor o historiador Vitor Ortiz, numa parceria entre a Libretos Editora e a Voz Cultural. A publicação em capa dura, para colecionador, tem design gráfico e edição de arte de Clô Barcellos.

O projeto é majoritariamente financiado com recursos da venda dos livros, que tem preço de R$100, e em parte pela Lei Paulo Gustavo (Prefeitura de Viamão e Ministério da Cultura/Governo Federal). Os recursos deste incentivo contribuíram para o tratamento das mais de 300 imagens que integram a publicação. A Prefeitura contribuiu com o compromisso da compra de exemplares para as bibliotecas das escolas municipais e a Coopernorte — cooperativa que atua com eletrificação rural no interior de Viamão — é a patrocinadora máster da iniciativa.

Revelações do Tamoyo

Orgulho da torcida tamoyense, o rubro-negro viamonense revelou ao futebol gaúcho e brasileiro pelo menos dois grandes profissionais da bola: o meia Paíca, que jogou pelo Grêmio nos anos 1960, e o lateral direito Paulo Roberto, campeão mundial e único viamonense a jogar na Seleção Brasileira. Ambos começaram na várzea da Maria Lopes.

O livro está em pré-venda nos perfis www.instagram.com/livrotamoyoviamao/, www.instagram.com/libretoseditora/, www.facebook.com/libretoseditora, pelo e-mail admin@vozcultural.com ou whatsapp (51) 8618.0174 com Fran ou (51) 9355-4456 com Andrea.

Além de muitas imagens de diversas formações dos times do Tamoyo ao longo da sua história, o livro traz à lembrança momentos raros vividos na várzea da Maria Lopes, denominação antiga do lugar adotado como campo. Em 1962, em pleno contexto de Guerra Fria, o time de Viamão enfrentou uma equipe russa, formada por marujos de um navio recém chegado de Cuba que aportou em Porto Alegre. 

O jornalista Rogério Mendelski (viamonense, ex-jogador do Tamoyo e que prefacia o livro) conta que estava no Tamoyo naquela ocasião e que trocou cigarros com os atletas russos, que acharam a nossa cachaça muito fraca comparada à vodca deles. O Tamoyo aplicou uma goleada de 13 a 1 no time da URSS. O feito foi registrado nos jornais da época.

O livro destaca também diversos atletas que formaram-se no Tamoyo e acabaram profissionalizando-se, entre estes o meio-campista Paíca, jogador do Grêmio nos anos 1960, e Paulo Roberto, que foi campeão mundial, tendo passado por vários grandes clubes do futebol brasileiro, até mesmo pela Seleção.

A sede do Tamoyo fica no centro da velha Capital e o nome do time provém de uma ideia de que todo índio é guerreiro. Os índios tamoios são da região do Rio de Janeiro e São Paulo, mas sua história de resistência e luta serviu para inspirar os fundadores do time viamonense, que, nos idos de 1944, reuniram-se numa oficina de bicicleta que havia numa das residências próximas à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Viamão, decidindo criar o clube que agora completa 80 anos.