De maternidades e criações

Julia Dantas reflete sobre as possibilidades e impossibilidades da condição materna diante da ambição artística da mulher

Edição: Vitor Diel com texto da assessoria
Arte: Giovani Urio sobre reprodução

Uma mulher se aproxima dos quarenta anos e se depara com questões que definirão o seu futuro. Entre elas, um dilema fundamental: haverá espaço numa só vida para se dedicar de verdade à criação de um filho e à criação artística?

Esta é a indagação em torno da qual se desenvolve a narrativa de A mulher de dois esqueletos, novo romance de Julia Dantas e que chega pelas mãos da Dublinense. A autora constrói um jogo duplo, no qual a ideia de ter um filho interfere nos desejos de uma escritora ao mesmo tempo em que o anseio por viver da arte afeta suas possíveis ambições maternas.

“As palavras de Julia podem muito. Sua escrita é simultaneamente afiada, redonda e ritmada, conduzida por uma voz singular e madura a que se saborear e reverenciar. (…) Posso ser mãe? Quero ser mãe? Posso ser mãe e escrever? Posso querer ser mãe para ganhar uma desculpa por já não estar escrevendo? (…) A mulher de dois esqueletos é um romance híbrido, escrito no vinco de sua duplicidade. Entre a seriedade e o humor, a vida e a criação, a certeza e a pergunta, a existência mesma do livro é a resposta”, comenta Natalia Timerman na orelha da publicação.

A mulher de dois esqueletos terá sessão de autógrafos e lançamento oficial no sábado, 31 de agosto, a partir das 17h30, na Livraria Paralelo 30 (Rua Vieira de Castro, 48 – Porto Alegre/RS). A ocasião marca também os 15 anos da editora Dublinense, que serão celebrados com um brinde aberto ao público logo após a sessão de autógrafos.

Sobre a autora
Nascida em 1985, em Porto Alegre, Julia Dantas é escritora, tradutora e doutora em Escrita Criativa. Seu livro de estreia, Ruína y leveza (2015), foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, do Prêmio Açorianos de Criação Literária e do Prêmio AGES, além de ter tido um capítulo selecionado para a revista Machado de Assis, da Biblioteca Nacional. Ela se chama Rodolfo (2022), por sua vez, foi vencedor do Prêmio AGES e do prêmio da Academia Rio-Grandense de Letras. Julia também foi coorganizadora da antologia Fake fiction: contos sobre um Brasil onde tudo pode ser verdade (2020).

A mulher de dois esqueletos
Julia Dantas
160 p.
Editora Dublinense
R$ 69,90
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