Novo livro da autora de São Lourenço do Sul reúne poemas breves que imaginam outros significados para as estrelas e os céus

Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio sobre divulgação

Em seu livro mais recente, Luas de Saturno, a poeta Cleia Dröse lança seu olhar para o céu noturno e penetra a vastidão do cosmos e, dali, diante do todo infinito, imagina e reinterpreta a vida, os afetos e os sentidos. O céu — da boca ou das estrelas — que passeia pela poética da autora encobre os segredos e as confidências de uma poeta que edifica significados onde antes não existiam.

“Nesta incursão, ela nos convida a jogar os olhos para o céu, a contemplar a imensidão e a beleza do universo, ao mesmo tempo em que investiga e cavouca no que a humanidade tem de mais profano”, escreve Sandra Veroneze a propósito da obra.

A obra pode ser adquiria diretamente com a autora pelo WhatsApp (53) 9117-2356. Confira alguns poemas de Luas de Saturno abaixo:

EQUÍVOCO

Se girasse ao redor do sol,
seria um planeta.
Ao redor de ti, 
me fiz lua.

TEORIA

Tudo vibra. 
Da corda ao infinito. 
Ressoam passos perdidos.

PERDAS

Uma estrela risca de luz 
o firmamento interior. 
Não há céu além da boca que cala. 
E o beijo não dado 
é quantum perdido no Universo

TRANSMUTAÇÃO

Há um poema bordado em roxo. 
Dor transmutada em paz. 
O sumo da uva ainda baila no céu da boca.

Sobre a autora
Cleia Dröse nasceu em São Lourenço do Sul/RS, em 1954, filha de Carlos Luiz Dröse e Silda Dröse. Licenciada em Pedagogia, exerceu a docência por 40 anos. É mãe e avó, biológica e por afinidade. Fez das letras seu ofício e seu refúgio. Possui uma dezena de livros publicados em português e em espanhol, além de trabalhos em coletâneas no Brasil, Uruguai, Argentina, México e Itália. Sócia Fundadora do Centro de Escritores Lourencianos -CEL (São Lourenço do Sul/RS). É autora também das obras Doze Contos de Sóis e Luas e Uma história de amor.