Ciomacio

Mario Pirata apresenta haicais e tankas em publicação pela Libretos

Edição: Vitor Diel com texto da assessoria
Foto: Marco Nedeff/divulgação

O poeta Mario Pirata lança Ciomacio no sábado, dia 10 de maio, às 16h, na FeirAlice, na Casa Alice (Rua Olavo Bilac, 188 — Porto Alegre/RS). Antes da sessão de autógrafos, será realizado um sarau poético com microfone aberto. O livro tem coordenação editorial e design gráfico de Clô Barcellos.

Pirata tem um papel importante, junto com sua geração, na renovação da poesia brasileira, retomando a coloquialidade, a musicalidade e, sobretudo, levando a poesia para o convívio das pessoas. Ele começou escrevendo folhetos, circulando em bares, escolas, cinemas. O poema, no trabalho de Mario Pirata, vai muito além do livro. É motivo de encontro, com o poeta em carne e osso, com seu corpo e sua voz.

Com sua sensibilidade amorosa nos brinda com uma poesia que transcende o efêmero. Sua simplicidade e sinceridade, aliadas a habilidade de transitar entre movimentos literários, buscando o novo para falar sobre a mulher, o amor deixando fluir sem formas poéticas convencionais, tais como versos metrificados, as rimas, os sonetos, os lugares comuns do lirismo.

Sua obra abrange grande multiplicidade de temas e de situações do cotidiano, extraindo a beleza das coisas mais improváveis e dos fatos mais banais. Seus poemas oscilam entre o encanto e desencanto da vida mostrando humor e ironia. E também toda a magia.

Neste livro temos tanto haicais como tankas. Mas, sobretudo, há o estilo desse poeta que, ao longo da sua produção, lançou livros marcantes como o inaugural Pé-de-vento de nome Huá, Cambalhota e Fera Flor.

Num dos tankas de Ciomacio, Mario Pirata nos diz: “para quem/já foi holofote/ando meio toco de vela//mas ainda volto/a ser fogueira”. O tanka é uma forma de poesia japonesa anterior ao haicai. Tem cinco versos, distribuídos, geralmente, em dois tempos, que podem estar dispostos em duas estrofes, uma de três e outra de dois versos.

No Brasil, o haicai ficou muito mais conhecido, mas temos algumas boas referências em traduções, com o tankas de Takuboru Ishikawa e Machi Tawara. De produção nacional, Jiddu Saldanha e Claudio Daniel são dois dos que lançaram livros, aclimatando no Brasil mais essa forma oriental.

“Seu gosto pelo inusitado, pelo humor na solução dos conflitos e dos poemas, pela sonoridade das rimas internas e externas, tudo isso está mais uma vez aqui presente. Mario Pirata, de fato, iluminou, e segue a iluminar, toda uma geração de poetas”, menciona o poeta Ricardo Silvestrin na orelha do livro.

Sobre o autor
Mario Augusto Franco de Oliveira, Mario Pirata, nasceu em Porto Alegre. Cursou Filosofia na Universidade Federal do RS. Participou de cursos na área de dança, teatro, música. Tem formação em psicomotricidade e recreação terapêutica. Fez parte da “geração mimeógrafo” dos anos 1970 e 1980. Tem 17 livros publicados, participações em antologias e publicações diversas.

Ciomacio
Mario Pirata
112 p.
R$ 50
Libretos Editora
Comprar aqui

Apoie Literatura RS

Ao apoiar mensalmente Literatura RS, você tem acesso a recompensas exclusivas e contribui com a cadeia produtiva do livro no Rio Grande do Sul.

Avatar de Literatura RS
Literatura RS

Deixe um comentário