Helena Terra autografa ‘Os dias de sempre’

Livro será lançado no dia 2 de setembro, no Café do Margs; evento marca início do projeto Tardes Literárias nos Museus

Edição: Vitor Diel
Arte: Giovani Urio sobre reprodução

A escritora Helena Terra mergulha em sua alma, nas suas origens e expõe as raízes de uma sociedade que ainda não superou a herança escravocrata. Os dias de sempre é o terceiro romance da autora que exibe uma escrita profunda, envolvente e combativa. O lançamento será no sábado, 2 de setembro, das 15h às 18h, no Café do Margs (Praça da Alfândega, s/n – Centro Histórico – Porto Alegre/RS). O evento marca também a estreia do projeto Tardes Literárias nos Museus, com sessões de autógrafos, saraus, cursos, leituras e debates, em uma parceria da escritora Helena Terra com Roberto Prym, da editora Bestiário.

O escritor Luiz Ruffato, que assina a orelha da obra, revela um pouco do que o leitor vai encontrar em Os dias de sempre: “Com personagens desenhados com mão firme, complexos e profundos, Helena Terra lança luz, com maestria, sobre um recôndito raras vezes frequentado pela literatura, o das obscuras relações entre os que servem e os que são servidos dentro de uma sociedade desigual e desumana como a brasileira.”

No fluxo de consciência de Helena cabem suas memórias e as lembranças de um Brasil que até há pouco tempo normalizava a prática de presentear famílias abastadas com suas meninas. “O foco principal é a busca desesperada de Mariana por um leito de hospital para Nena, uma mulher que, ‘aos treze anos, com um buquezinho de flores na mão e uma trouxinha de pertences’, foi entregue à sua família para cuidar da casa”, pontua Ruffato.

Na obra também há espaço para a crítica ao patriarcado e para a busca de reparação de um passado que não é só de sua família, mas de toda a sociedade. A reflexão, no entanto, não é panfletária, mas intimista, como que confessando baixinho o diário de fatos e de sentimentos de diversos capítulos de sua história.

Sobre a autora
Helena Terra nasceu em Vacaria, no interior do Rio Grande do Sul. É jornalista, formada pela Famecos-PUC/RS, editora e coordenadora do Clube de Leitura e Escrita A palavra tem nome de mulher, que incentiva a leitura na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. É coautora da novela Bem que eu gostaria de saber o que é o amor (Bestiário, 2020) e autora dos romances A condição indestrutível de ter sido (Dublinense, 2013) e Bonequinha de Luxo (Diadorim, 2020). Os dias de sempre é seu terceiro romance. Helena é ainda conselheira e vice-presidente da Associação Literatura Livre, do Rio de Janeiro, e faz parte do grupo de jornalistas e escritores que criou a Besouros Abstêmios, também no Rio de Janeiro. Todos os livros da editora têm parte de suas tiragens direcionada para projetos de inclusão pela leitura. Em Porto Alegre, a autora fundou, em julho deste ano, a Peripécia Editora, com dois focos: o Selo Primeiros Livros, para resgatar as publicações de estreia de diversos autores, com lançamento exclusivo em formato ebook, e a publicação física de livros de literatura contemporânea produzidos por escritores e escritoras da região Sul. Na Peripécia, Helena conta com a parceria da editora Ana Cecília Romeu, da Camino Editorial, para as publicações de obras escritas por mulheres.

Os dias de sempre
Helena Terra
184 p.
R$ 67
Editora Besouros Abstêmios
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