A Editora Figura de Linguagem tem agenda diversa na programação da 12ª FestiPoa Literária. Das três obras que a casa independente lança no evento, duas marcam a estreia de autores em seu catálogo.
No dia 1 de maio, quarta-feira, às 17h, no Espaço Agulha (Rua Conselheiro Carmargo, 300), acontece o lançamento do livro de poesia O que carrego no ventre, de Marcelo Silva. O poeta e professor porto-alegrense também ministra oficina na terça-feira, dia 30 de abril. Outros dois lançamentos ocorrem no sábado, dia 4 de maio, a partir das 18h, também no Espaço Agulha: a novela Visite o decorado, de Taiasmin Ohnmacht, e o livro ensaístico Boca de conflito: universidade brasileira, racismo & Marx, do colunista de Literatura RS Luiz Mauricio Azevedo. Saiba mais abaixo.
Agenda de lançamentos
O que carrego no ventre, de Marcelo Silva
Quarta-feira, 1º de maio, das 17h às 19h
Agulha (Rua Conselheiro Camargo, 300)
Visite o decorado, de Taiasmin Ohnmacht
Sábado, 4 de maio, das 18h às 20h
Agulha
Boca de conflito: universidade brasileira, racismo & Marx, de Luiz Mauricio Azevedo
Sábado, 4 de maio, das 18h às 20h
Agulha


O que carrego no ventre
Marcelo Silva
60 pp.
R$ 50
As experiências de um flâneur contemporâneo, negro e brasileiro marcam a escrita de Marcelo Silva. O eu-lírico nos apresenta uma cidade de Porto Alegre boêmia e pauperizada, na qual ser professor e artista é um desafio. Em “O que carrego no ventre”, Marcelo Silva entrega uma poesia que dialoga com a tradição do samba e com a crítica social de Carlos Drummond de Andrade e Carolina Maria de Jesus, sem deixar de olhar para os temas pungentes de nosso tempo.


Visite o decorado
Taiasmin Ohnmacht
63 pp.
R$ 50
Vigilância e racismo são os componentes centrais dessa novela que acompanha a mudança de um casal para um condomínio de luxo. Cercados e monitorados por um grande irmão que eles próprios compraram, percebem que o clichê da paz do lar perfeito pode entregar desconfiança e medo constante.


Boca de conflito: universidade brasileira, racismo & Marx
Luiz Mauricio Azevedo
93 pp.
R$ 40
Por que pessoas negras ainda são rejeitadas e preteridas em diferentes contextos nas universidades e na tradição acadêmica brasileira? Como podemos reagir diante desse cenário de constantes avanços e retrocessos? Essas são perguntas que o escritor e doutor em Teoria Literária Luiz Mauricio Azevedo tenta responder nesta obra. À luz do marxismo negro, o autor enfatiza como epistemicídios e silenciamentos têm empurrado as universidades brasileiras para a alienação e o isolamento.