Poeta autografa ‘A Esperança contra a Esperança’ neste sábado
Edição: Vitor Diel sobre texto da assessoria
Arte: Giovani Urio sobre foto de Diego Lopes/CRL
“Maria Carpi vem construindo uma obra poética de rara densidade. Num mundo que perdeu as referências éticas, hipnotizado pelo espetáculo coletivo e pela vulgaridade individual, ela se abraça ao silêncio para perscrutar a essência das coisas. Ao invés da velocidade das horas e do apego à materialidade, ela nos convida a buscar a transcendência. (…) Não sejamos ingênuos, no entanto, a ponto de pensar que Maria Carpi nos oferece bálsamo para sanar nossas dúvidas — ela é poeta, nos oferece lanternas para percorrer os ásperos caminhos”.
Este é um trecho da apresentação escrita por Luiz Ruffato para o livro A Esperança contra a Esperança, nova coleção de poemas de Maria Carpi que será lançada oficialmente no dia 27 de maio, das 11h às 14h30, com bate-papo da autora com o filho Fabrício Carpinejar e a neta Mariana Carpi Nejar, e mediação de Paulo Flávio Ledur, no Instituto Ling (Rua João Caetano, 440 – Bairro Três Figueiras – Porto Alegre/RS). A data marca também o aniversário de 84 anos da autora.
Na nova obra, a poeta versa sobre a esperança em todos os seus aspectos e demais temas que a atravessam, como o tempo, o desejo, a escrita, as contradições, a transcendência e a finitude das coisas. “A interpretação ocorre com cada leitor e de acordo com sua sensibilidade. Haverá, ao longo dos anos, uma constelação de interpretações. Cada leitor é uma estrela”, comenta a autora, que buscou em sua própria obra Abraão e a Encarnação do Verbo o ponto de partida para A Esperança contra a Esperança: “Depois de ter escrito meu livro sobre o paradoxo de Abraão, li a afirmação do apóstolo Paulo de que o patriarca era ‘a encarnação da esperança contra a esperança’. Meditei poeticamente sobre o assunto e, em 2010, escrevi este livro”, conta.
Confira abaixo uma entrevista exclusiva com a autora publicada em 2019.
Sobre a autora
Maria Carpi nasceu em Guaporé (RS). Professora, advogada e Defensora Pública aposentada. Entre os muitos prêmios literários conquistados, destaca-se o de Revelação Poesia/1990 da Associação Paulista de Críticos de Arte. Sua obra lhe valeu a homenagem da literatura rio-grandense, tendo sido eleita em 2018 a Patrona da 64.ª Feira do Livro de Porto Alegre. Seus poemas foram incluídos em A Literatura Feminina no Brasil Contemporâneo, de Nelly Novas Coelho, Ed. Siciliano (SP). Obteve reconhecimento internacional com a tradução e edição de Nos Gerais da Dor (Nel Dolore Sconfinato) na Itália e de duas obras na França: A Chama Azul (La Flamme Bleue) e O Herói Desvalido (Le Héros Malgré Lui). Com dezoito livros publicados, em 2021 lançou obra destinada ao público infanto-juvenil pela Ar do Tempo: O Quebra-Galho e o Faz de Conta. Foi Conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente representando a Defensoria Pública e depois a OAB/RS. É membro do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul e representou, por dois anos, a Associação Gaúcha dos Escritores no Conselho Estadual de Cultura.
A Esperança contra a Esperança
Maria Carpi
134 p.
R$ 35
Editora AGE
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